Como parece óbvio refiro-me a jogadores de futebol que estão a sair do clube a custo zero.
A actual prática de se dispensarem jogadores para outros clubes, a custo zero, e fazer poupança nos salários por vezes demasiado “custosos” para as finanças do clube tem o lado positivo, mas evidencia o que se entronca na fraca ou ausente valorização comercial do atleta.
O pensamento do financeiro será de que um jogador que não saia agora e saia mais tarde, mesmo que com uma contrapartida, teria esta que ser sempre superior ao valor dos custos, para que o propósito se justificasse.
E estes custos podem ser de variadíssima ordem, já que só a manutenção dum atleta acarretaria sempre despesas que não são tão visíveis, palpáveis, como são os valores de venda e custo de que geralmente se fala.
O Financeiro pensa que produtos obsoletos só acarretam custos de armazenagem, o Farmacêutico tende a desprezar o artigo fora de prazo.
Isto é um facto mais que evidente e um conceito que não se deve desprezar, mas que peca por uma má politica quando se comparam produtos e artigos a jogadores de futebol, que muitas vezes são extemporaneamente considerados obsoletos ou fora de prazo.
Uma adequada e atempada valorização comercial do jogador não é para todos, e muito menos para financeiros ou farmacêuticos que não percebam o que é o futebol e como os gostos são uma variável que é por demasiadas vezes uma incógnita para eles, e em muitos casos mesmo para os interessados nesses produtos.
E outro problema, que pode ser uma consequência imediata, é o jogador entender que sendo assim, poderá exigir uma contrapartida para a sua disponibilidade em sair! E isto pode tornar-se um vício altamente contagioso e perigoso!