“EU NÃO SOU EU NEM SOU OUTRO, SOU ALGO DE INTERMÉDIO, PILAR DA PONTE DE TÉDIO, QUE VAI DE MIM ATÉ AO OUTRO”
Mau tempo, bom tempo, e agora vamos aguardar por 2020
o OUTRO: Depois deste silêncio queres voltar às claques ou falar doutros temas?
EU: A quadra natalícia já passou e foi bom deixar as águas acalmarem por algum tempo!
o OUTRO: E as claques?
EU: Antes das claques gostaria só de verberar, mais uma das muitas mais vezes, que evidencia que a arbitragem portuguesa é mesmo ranhosa, e onde um tal de Pinheiro deu mais uma ajudazeca com mais uma clamorosa vergonha. E só volto a perguntar: para quando a regeneração ou revolução da arbitragem?
Quanto às claques sou 100% a favor da sua existência com comportamentos que não excedam os padrões aceitáveis duma sociedade equilibrada. E sabendo da existência de claques organizadas não poderemos conceber que outras possam existir em moldes diferentes e até desproporcionados, mas Portugal pugna por ser um país “sui generis” onde a lei é só para alguns.
o OUTRO: OK, estás em roda livre.
EU: Somos um clube de milhões de adeptos e dezenas de milhares de sócios, onde as claques têm um papel importante no tão sempre fundamental apoio aos seus atletas, e onde não se deverá ignorar que muito do comportamento dos atletas emerge do apoio das claques, que os fortalece, anima e incita no caminho, por vezes difícil, do sucesso.
Não se deverão igualmente ignorar os comportamentos aberrantes e verdadeiramente censuráveis de alguns, poucos, adeptos que sendo elementos das claques (?), não reflectem o verdadeiro mundo sportinguista, e que deveriam ser identificados. Exacerbaram-se ainda há poucos dias, com cânticos perversos e mais que tristes, mas na inexistência duma autoridade forte e actuante, quem mais sofre com todas estas situações é o comum dos adeptos e sócios que por vezes até se vão distanciando e divorciando do clube onde se revêm. Mas não deveremos por razões de antagonismos pessoais ignorar os interesses do clube, e o saber lidar com esses momentos é o essencial, e Varandas com o seu feitio militarista não é nem nunca será o homem certo para presidente duma grande instituição como é o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.
o OUTRO: Ah, então evidenciando-os pela negativa, até pareces aceitar os ditos comportamentos perversos.
EU: NÃO, de maneira nenhuma, mas a ausência do diálogo e eventuais negociações para um importante entendimento, têm levado a um crispar de situações com confrontos de vária ordem, que se poderiam ter evitado, houvesse a dita disponibilidade e interesse de solucionar e resolverem esses problemas.
o OUTRO: E é por isto que lhe chamas um Sporting à deriva?
EU: Também NÃO, muitos outros factores existem para a minha contestação a Varandas, mas não me abstenho de criticar e censurar o modo de total ABSOLUTISMO com que a Direção do clube, na pessoa do seu presidente, Frederico Varandas, que tem evidenciado uma enorme falta de paciência ao diálogo necessário, e que são um factor de desunião que é deveras confrangedor e assustador para o presente e para o futuro do nosso clube.
O comportamento, para mim identificado, como demasiado militarista, não ajuda à necessidade de um diálogo de contemporização e equilíbrio necessários, para um fim de sucesso, que por este andar parece que nunca mais virá a acontecer.
O NOSSO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, NÃO MERECE ISTO, POIS O MUNDO SPORTING NÃO É PERTENÇA DE CLAQUES QUE DEVERIAM SÓMENTE APOIAR, NEM DE ÓRGÃOS SOCIAIS QUE DEVERIAM EXCLUSIVAMENTE SERVIR.
O OUTRO: E a conversa já vai longa.
EU: Sim meu caro, muitas outras coisas ficarão para o ano que vem, mas para ti e PARA TODO O MUNDO SPORTING, SEJA QUAL FOR O CREDO OU IDADE, OS MEUS VOTOS DUM FELIZ ANO NOVO E QUE TUDO SE CONJUGUE PARA UM NOVO VERDADEIRO SPORTING EM 2020.
… continua … em 2020