QUANTO MAIS CRESCE O NOSSO CONHECIMENTO, MAIOR É A NOSSA RESPONSABILIDADE
Quando as palavras não têm significado, e são como os horizontes que o cego não vê
o OUTRO: Que achaste da entrevista, na 11, a Frederico Varandas, o actual presidente do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL?
EU: Uma entrevista cheia de furos, com perguntas sem resposta e questões por colocar.
o OUTRO: Era para ser uma entrevista para Frederico Varandas poder prestar esclarecimentos quanto à dita visão estratégica.
EU: Visão estratégica para as 10 jornadas que faltam ou para o futuro próximo? Se o colocar-se completamente nas mãos dum treinador é uma visão estratégica, então estamos entendidos. Mas deixa-me elencar outros aspectos que só evidenciam um desnorte completo e uma ausência de uma verdadeira estratégia.
1-A visão de futuro, como foi com Marcel Keizer, com a humilhação e despudor da sua despensa, ou com os “flops” dos 4 seguintes treinadores, oferece muito pouco de credibilidade.
2-Ficou por esclarecer se a contratação de Rubem Amorim foi objecto de um acordo com pagamento em 2 prestações ou se foi exercida a cláusula de rescisão.
3-Se a contratação de treinadores, como o treinador da equipa B, estiverem na única dependência do treinador principal é um mau presságio, especialmente com a incerteza que se vive com o futuro do clube. E a alusão a João Pereira é uma aberração duma visão estratégica, porque sendo verdade que a pessoa em si me merece respeito, há que assumir que a função obriga a algum conhecimento e experiência e o dito não tem c.v. que possa oferecer um exigível mínimo de garantia.
4-E também devo dizer que a inclusão e uma equipa B, onde como se ouviu, ainda nem existe qualquer rascunho de projecto, sem jogadores, sem estrutura de apoio, só podemos dizer que é hilariante, não obstante eu ser a 100% a favor da sua existência. O HABITUAL TRABALHO DE JOELHO.
- A-“Flop” no protocolo estabelecido e apregoado com o Manchester City, numa questão que ficou por colocar.
- B-Não foi esclarecedor quanto aos reveses de contratações, como Jesé, Fernando, Bolasi, onde se podiam poupar os milhões que eram bem precisos, até porque sendo último o melhor, só evidenciou o subtrair de outras oportunidades, e o primeiro foi a aposta num muito controverso ponta-de-lança que não veio acrescentar nada. Se isto é uma boa gestão financeira, então vou ali e já venho.
- C-Não respondeu à pergunta, de onde ia arranjar €M20 para as modalidades, de que os sportinguistas não prescindem.
- D-E refugiou-se na prática da sua habitual oratória, no muito que fez em termos financeiros, sem ter em linha de conta que:
- a-A poupança em salários se dever essencialmente ao facto dos salários mais elevados serem dos jogadores que rescindiram e saíram fora de qualquer gestão financeira.
- b-As dispensas desastradas de jogadores que sendo vendidos poderiam render alguns cobres provavelmente mais importantes do que seriam os respectivos salários, e isto numa errática para não dizer ausente, política de valorização.
- c-As entradas de capital nas vendas de jogadores que poderiam consubstanciar o eventual receio desses jogadores perderem a causa em sede de justiça, e de empréstimos, além do facto de nenhum desses jogadores ser o resultado de anos de trabalho, que não da sua atribuição.
- d-Ter liquidado muitas dívidas com dinheiro da NÓS, num muito bom acordo televisivo que “nem cheirou”.
- e-O grande (?) negócio de Bruno Fernandes não foi resultado da sua contratação, assim como não foi a respectiva valorização.
5-Nunca ter assumido uma política de real valorização dos activos leoninos, sendo que dos actuais 6 promovidos à equipa principal, só um é da sua responsabilidade, Matheus Nunes.
6-A intranquilidade e divisão que se vive no clube e a visão de estrabismo quanto às claques, onde nem foi questionado.
7-Mesmo que assinalando projectos positivos como a formação, a provável equipa B, a redução do campeonato para 16 equipas, a centralização dos direitos televisivos, tudo isto soou a mais do mesmo, i.e. o mesmo que tem sido nos 18 meses de vida da sua Direção. Bla, bla, bla,..
8-E quando no fim parecia ter uma boa hipótese de dizer algo de louvável nas 6 semanas que viveu no combate ao Covid-19, espalhou-se no agradecimento que deveria ser para quem esteve ao seu lado no hospital militar, mas onde preferiu reverte-lo para os seus “jovens” colegas de Direção.
o OUTRO: Upssss!
EU: Tantas certezas absolutas (?) num mar de tiros no escuro e furos na exposição de intenções. E mais não digo!