EU e o OUTRO T04.20~Ep.01

OS PESSIMISTAS QUEIXAM-SE DA VIDA, OS OPTIMISTAS ESPERAM QUE TUDO MELHORE, OS REALISTAS AJUSTAM-SE

A nossa vida é definida pelas nossas escolhas, e estas são da nossa responsabilidade.

o OUTRO: Meu caro, hibernaste?

EU: Não, mas estes tempos obrigam-nos a optar por outros problemas de maior prioridade.

o OUTRO: Então não estás disponível para comentar o desejo da UEFA e Federações dos campeonatos profissionais terminarem até fim de Julho?

EU: Como já te disse anteriormente não podemos pôr tudo de lado e infernizarmo-nos, com o risco de por obsessão, ficarmos psicologicamente afectados.

o OUTRO: E qual é a tua opinião quanto a esta matéria?

EU: Uma ambição que me parece extemporânea, e NÃO exequível se quisermos preservar a vida humana.

A indústria do futebol tem uma grande dimensão, mas existem valores que nos obrigam a enormes cuidados e muita atenção nos passos a dar, e se atentarmos às circunstâncias actuais e ao que se pode esperar na evolução do actual e mortífero vírus, que não comparável a qualquer vírus da gripe, há que ponderar e saber aguardar, tendo em mente que a maioria das modalidades desportivas, como o futebol, são de contacto e a oferecerem todas as condições ao contágio.

Deveremos ter uma certeza absoluta das condições, antes de assumirmos qualquer compromisso, e o bom senso aconselharia a esperar que se confirmem as essenciais duas semanas sem qualquer infectado.

Os interesses de variada ordem, como os televisivos que têm uma importância deveras importante no mundo desportivo, deveriam adaptar-se ao presente e sacrificarem-se como todos os outros.

Quanto ao futebol, o presente aconselha que se tomem medidas para o tempo em que esteja interditado, e em tempos excepcionais, nunca serão demais, medidas excepcionais.

E o mesmo se aplica a todos os intervenientes para a efectivação dos jogos, sejam eles, jogadores, árbitros, funcionários de apoio, operadores e funcionários televisivos, etc.

E não podemos conceber as consequências na eventualidade de um dos ditos intervenientes ser contagiado, sem negligenciar a possibilidade de casos assintomáticos, ou de se pisarem pavimentos contaminados para o que temos sido aconselhados a estarmos bem alerta. E depois de qualquer acontecimento mais nefasto, não se pode voltar atrás.

Quanto à ideia de jogos à porta fechada, com jogadores isolados das suas famílias por demasiado tempo, NÃO, até porque os mesmos poderiam ficar psicologicamente afectados, e a verdade dos jogos a ser desvirtuada.

Evidente que se poderia fazer isto e aquilo e mais aquilo, mas esta não me parece ser a resposta, E CIRCUNSTÂNCIAS HÁ, EM QUE ADIAR É VIVER!

o OUTRO: Então, esperar, esperar, esperar?

EU: Sim, infelizmente, esperar que se ofereçam mais garantias, e que outras medidas funcionem, mas sou da opinião de que este campeonato deva acabar efectuando-se os jogos que faltam, e o próximo comece logo após um pequeno período de pré-época. Evidente que se teriam que criar ajustamentos em todas vertentes, mas isso fica para a próxima conversa.

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